CPI das Apostas: Representantes alegam que CBF atua para coibir manipulação de resultados

Por: Joga Brasil

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Na próxima sessão da CPI, marcada para o dia 13 de maio, o depoimento do ex-árbitro Glauber Cunha será prestado


Na sessão da CPI sobre a Manipulação de Competições Esportivas e Apostas na última segunda-feira (29), os representantes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) reafirmaram seu compromisso com a preservação da integridade do futebol no país.

Júlio Avellar, Diretor de Competições da CBF, destacou os desafios impostos pelo mercado de apostas não regulamentado, sublinhando os perigos que isso representa tanto para o esporte quanto para a economia.

Oito das nove loterias da Caixa estão acumuladas essa semana (jogabrasil.com)

Ele expôs várias ações que estão sendo desenvolvidas pela CBF em colaboração com organizações como FIFA e Conmebol, com o objetivo de reduzir esses perigos e fomentar a profissionalização do futebol no Brasil.

Avellar salientou que a CBF está à frente de iniciativas mundiais contra a fraude em resultados esportivos, com mais de 100 projetos apoiados internacionalmente.

 Diretor de Competições da CBF, Júlio Avellar

Entre as táticas abordadas por Avellar, está a adesão do Brasil à Convenção de Macolin, um tratado jurídico internacional que visa erradicar a manipulação de resultados no esporte.

Ele enfatizou a relevância dessa adesão como um componente crucial de uma estratégia nacional abrangente. O dirigente também realçou a importância vital da convenção na luta contra essa prática.

Adicionalmente, Avellar propôs parcerias com entidades internacionais, como o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), com a finalidade de estabelecer programas de combate à corrupção no esporte, a exemplo do Programa Global de Proteção ao Esporte contra a Corrupção e o Crime.

VAR e IA são mencionados durante sessão da CPI da manipulação de resultados

Júlio Avellar reportou que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) observou uma redução nos casos suspeitos de irregularidades no futebol brasileiro. Em 2022, foram registrados 139 casos, enquanto no ano seguinte, o número caiu para 110. Neste ano, apenas 15 casos suspeitos foram notados.

Segundo o diretor, essa queda é resultado de um sistema de monitoramento mais rigoroso e de punições mais estritas, aplicáveis tanto no âmbito esportivo quanto no penal.

Quando questionado por Romário sobre a capacidade do VAR (vídeo auxiliar de arbitragem) em detectar manipulações, Avellar explicou que a CBF emprega a técnica de desvio padrão para tal fim.

Eduardo Gussem, oficial de integridade da CBF

Ele reconheceu que a inteligência artificial pode ser adotada futuramente, mas atualmente não tem conhecimento de sua aplicação em conjunto com o VAR em competições oficiais. Avellar assegurou que a CBF está aberta a utilizar quaisquer recursos disponíveis para combater a fraude nos resultados.

Em continuidade, Eduardo Gussem mencionou que a CBF estabeleceu uma parceria com a Polícia Federal e o Ministério da Justiça para criar o passaporte do atleta, um documento que contém dados confidenciais dos jogadores e que é compartilhado com autoridades em situações suspeitas.

Sede da CBF na Barra da Tijuca

Gussem também declarou que, diante de indícios de envolvimento de jogadores em manipulação de resultados, a CBF procede com a análise das evidências e repassa as informações para as autoridades competentes, que assumem a condução das investigações.

Por fim, Kajuru enfatizou a importância do trabalho contínuo da comissão, dada a constante emergência de novas informações relacionadas à CPI. Ele anunciou uma nova sessão para o dia 13, com a presença do ex-árbitro Glauber Cunha para prestar depoimento.


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