RioAposta vira BetGold e chega com novas ideias

Por: Joga Brasil

Joga Brasil conversou com Fabio Finetti

O governo brasileiro pretende regulamentar as apostas esportivas no país até março. E o mercado dá cada vez mais indícios de que a regulamentação é necessária.

Novas marcas estão chegando. Empresas de fora mostram muito interesse no Brasil. A novidade neste início de ano é a BetGold, que começou em 2019 como RioAposta, mas está se relançando com um novo nome.

O objetivo é expandir a marca. Ter o Brasil como foco, mas abrir também as portas para outros mercados emergentes. Conversamos com Fabio Finetti, Country Manager Brasil da BetGold.

Ele explicou as diferenças entre o mercado brasileiro e o mercado europeu e destacou o que uma empresa de apostas esportivas precisa oferecer para atrair novos clientes. Confira o papo.

Joga Brasil: Fale um pouco sobre a origem da Betgold.

Fabio Finetti: A BetGold vem do reposicionamento da marca RioAposta no mercado brasileiro. Com a BetGold, a gente almeja o mercado brasileiro como foco, o mercado principal, mas também a América Latina e outros mercados globais, principalmente mercados emergentes. Trabalhamos com a Rio Aposta no Brasil seis meses, oito meses, mais ou menos, aprendemos muito durante esse período. Aprendemos o que é mais adequado para o mercado, o que o jogador gosta. Não é a mesma coisa que em outros mercados. Esse foi um período de aprendizado, falamos com muitos parceiros, com os clientes, e entendemos, realmente, que estava faltando alguma coisa para nós sermos competitivos. Com essa ideia de internacionalizar a marca, a gente chegou à conclusão que um nome com um apelo mais internacional seria mais adequado. A Rio Aposta te força um pouco a trabalhar quase só no Brasil porque a palavra aposta é uma palavra da língua portuguesa.

JB: Quais as principais diferenças entre o mercado de apostas esportivas na Europa e o mercado brasileiro?

FF: As diferenças são muitas, são enormes. A Europa tem o mercado mais maduro em termos de apostas esportivas. O Brasil, apesar de já ter um histórico de alguns anos com empresas trabalhando aqui, ainda é um mercado novo, emergente, onde a massa não conhece ainda o segmento, não sabe o que significa exatamente apostar. É um mercado que tem um grande potencial de crescimento. Eu digo que representa um nicho, apesar de ser um nicho dentro de um país gigante. É por isso que as empresas, as grandes marcas, já estão operando aqui. Porque apesar de ser um mercado percentualmente pequeno, é muito atrativo. A maior diferença entre o mercado brasileiro e o europeu é que um é emergente e o outro, maduro. Até por questões de renda per capita, de como o país é dividido demograficamente, o jogador europeu tem um valor maior, mas também tem um custo maior de aquisição. Como operador eu preciso gastar mais na Europa para adquirir novos clientes. Já o custo aqui é muito inferior.

JB: Para uma nova marca de apostas esportivas é melhor investir no Brasil do que investir na Europa? O que o Brasil apresenta de atrativos para empresas que estão começando neste segmento?

FF: Depende muito da estratégia. A BetGold pertence a um grupo que tem outras marcas trabalhando na Europa. É uma questão estratégica. Quando você entra no mercado europeu, você sabe que precisa ter uma verba de um certo nível para poder competir com os grandes competidores. Enquanto no Brasil, apesar de já ser um mercado com bastante concorrência, os custos de entrada são menores. Em muitos mercados europeus, que têm uma regulamentação local, você tem custo de licença, tem custos recorrentes para a operação, impostos, enfim. Em mercados que ainda não são regulamentados, como brasileiro, embora vá se regulamentar em breve, isso não representa barreiras para a entrada. Não tem um melhor e um pior. É simplesmente uma questão de perspectiva. Você sabe que na Europa tem que enfrentar um tipo de investimento e no Brasil, outro tipo de investimento.

JB: Como convencer um jogador que está acostumado com determinadas casas de apostas mais tradicionais a se tornar um cliente da Betgold? Qual o diferencial que a Betgold pretende ter no mercado para atrair novos clientes?

FF: Eu acredito que o apostador quer encontrar um site que funcione, primeiramente. Como em qualquer operação on-line, há um aspecto de experiência do usuário que precisa ser aprimorado. O site tem que funcionar bem, tem que ter uma interface atrativa, não pode travar, tem que ser rápido. Depois tem uma questão de qualidade do produto. Importante o jogador encontrar facilidade em depositar dinheiro, em sacar, em verificar conta. E que o serviço ao cliente seja eficiente, que seja no idioma local, feito por falantes nativos. Que seja um produto que não decepcione. Que ofereça o que o jogador gosta e está acostumado a receber com as casas de apostas mais conhecidas. A gente quer oferecer um produto de qualidade, um produto que o público brasileiro possa confiar, isso é fundamental porque no Brasil tem muito golpe com qualquer tipo de negócio. A gente quer entrar nas casas dos apostadores brasileiros e ter a confiança deles. Que eles possam apostar com a BetGold e passar horas de diversão com esportes, cassinos e games em geral.

JB: Cada vez mais comum empresas de apostas patrocinando clubes de futebol no Brasil, como ocorre muito na Inglaterra, por exemplo. A Betgold, que já fechou com o Santo André, pretende ampliar a sua atuação nesta área, fechar com novas equipes no futuro?

FF: A gente fechou agora com o Santo André. Encontramos neles um time quer crescer, como a gente. Perspectivas alinhadas, cada um na própria área. Contamos muito com essa parceria, acreditamos que pode dar uma grande visibilidade à BetGold já no curto prazo.

Claro que a gente avalia várias possibilidades de patrocínio, mas a gente quer fazer tudo do jeito certo. Cada tipo de investimento vai ser muito bem pensado, com critério, até porque o mercado está em uma fase de mudança, de transição. Investir, nesse momento, tem que ser com muito cuidado. Mas acreditamos que o acordo com o Santo André vai trazer um benefício muito grande para a marca, vai dar visibilidade e confiança. O que é muito importante para uma marca nova.