Em matéria do portal UOL, assinada pelo jornalista Thiago Braga, o coordenador da Comissão de Integridade da Federação Paulista de Futebol (FPF), Paulo Schmitt, mostrou preocupação a respeito do futuro do mercado de apostas esportivas do Brasil.
Isso porque o Ministério da Economia publicou uma proposta de decreto para regulamentar a atividade no país, mas não abordou o assunto integridade no esporte.
Pelo menos, não na primeira minuta.
– Se a regulação não contemplar obrigatoriedade de implementação de projetos de integridade pelas entidades organizadoras das competições e clubes, além de monitoramento de partidas por empresas especializadas, estaremos vulneráveis a crimes previstos no estatuto do torcedor como manipulações em apostas, fraudes em resultados e lavagem de dinheiro – destacou Schmitt ao “Lei em Campo”, do UOL.
O coordenador da Comissão de Integridade da FPF tem receio de que possa ocorrer envolvimento de atletas, árbitros e dirigentes esportivos em manipulação de resultados.
Em um passado não muito distante, o esquema que ficou conhecido como “Máfia do Apito” abalou as estruturas do futebol brasileiro.
Em 2005, o árbitro Edílson Pereira de Carvalho, um dos principais juízes de futebol do país naquela época, foi preso pela Polícia Federal por participar de um esquema que manipulava resultados para favorecer apostadores.
– Ainda não recebemos consulta na nossa comissão de integridade na FPF. Mas vou pautar o tema para que possamos minimamente dar suporte ao presidente da federação na apresentação de algumas propostas de emenda – declarou Schmitt.
O Joga Brasil esteve no 1º Seminário Internacional Sobre Regulamentação de Jogo On-line, evento realizado na última semana, no Rio de Janeiro, e conversou com os deputados Evandro Roman e Danrlei sobre como coibir o envolvimento de profissionais do esporte em casos de manipulação de resultados.
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