O deputado Evandro Roman (foto), do PSD-PR, apresentou nesta semana uma proposta que pode ser fundamental para o rumo das apostas esportivas no Brasil. O requerimento 29/19, de autoria do parlamentar, tinha como objetivo a realização de uma audiência pública com representantes de empresas que se interessam pela regulamentação dos jogos on-line e das apostas esportivas no país.
Em seu discurso para a Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados, que aprovou o pedido por unanimidade, o ex-árbitro de futebol destacou a importância de se regulamentar a atividade no Brasil.
– Há um mercado muito grande de apostadores brasileiros, que fazem esse trabalho em sites de outros países e que a arrecadação tributária acaba ficando juntamente com esses países. Nós vivemos, hoje, uma escassez de recursos financeiros para o esporte. Recentemente, agora, a Caixa Econômica retirou os recursos junto aos clubes de futebol. Então, é importante nós colocarmos aqui quais são as possibilidades dessas empresas de atuarem, já que nós estamos na Comissão do Esporte – frisou o deputado.
Ao longo de sua fala, Roman salientou que o Brasil está nos 15% de países do mundo que ainda não legalizaram as apostas esportivas on-line, junto de países muçulmanos que ainda renegam a prática da modalidade por questões religiosas. Apesar de defender com afinco a legalização dos jogos, o deputado ressaltou que é preciso tomar algumas precauções.
– Os jogos têm que ter o cuidado de não atingir crianças e não atingir idosos – declarou Roman.
O parlamentar ainda levantou a questão de que a atividade já é uma realidade no Brasil. E de forma clandestina. Mais um motivo, de acordo com ele, para o debate em prol da regulamentação.
Após o discurso de Roman, o presidente da Comissão do Esporte, deputado Fábio Mitidieri (PSD-SE), abriu para a votação e nenhum parlamentar se manifestou de forma contrária à realização da audiência pública sobre o tema. O requerimento de Evandro Roman foi aprovado e resta agora a definição de uma data para o debate com as empresas.
Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados