O professor Pedro Trengrouse deu uma palestra sobre o Brasil no Global Gaming Expo – G2E 2019, em Las Vegas. Trengrouse participou como palestrante do painel “Gaming Expansion Rumors and Innuendo”.
O Brasil é de longe o maior mercado da América do Sul e um dos 20 países mais ricos do mundo, mas é um dos três mais ricos – junto com a Arábia Saudita e a Indonésia – que não oferece jogos legais, disse ele.
Ele observou que o presidente Jair Bolsonaro disse que os regulamentos sobre jogos devem ser deixados para os estados individuais do país. No entanto, Trengrouse disse que o país precisa ser “esclarecido” sobre como os jogos podem ajudar o país, especialmente quando se trata de turismo. “Estamos falando de um oceano azul, por um lado, e de uma bagunça, por outro lado”, disse ele. Obter jogos de cassino no Brasil exigirá muita educação, acrescentou Trengrouse. No entanto, não se trata apenas de educar os legisladores. Trata-se de informar a mídia, os líderes da universidade e outras audiências para eliminar estereótipos e equívocos sobre o setor.
Pedro Trengrouse declarou a equipe do Joga Brasil: “Todo brasileiro já ouviu dizer que o Brasil é o país do futuro. Disse exatamente isso para a indústria do jogo na G2E. Temos condições para ser um dos maiores mercados. Há demanda, infraestrutura e cada vez mais vontade política. Até mostrei um vídeo com o Presidente Bolsonaro falando no programa do Ratinho que o país precisa regulamentar o jogo e que isso deveria ser feito estado por estado, como nos Estados Unidos. As experiências internacionais precisam servir de referência para que o Brasil consiga superar o preconceito e avançar concretamente para regulação do mercado. Se por um lado, o mercado brasileiro é um oceano azul para a indústria do jogo, por outro é fundamental para que se consiga finalmente regulamentar o jogo no país que a própria indústria tenha canais institucionais para articulação séria, consistente e permanente com autoridades públicas e diversos outros setores da sociedade.Ao invés de confundir o país com abordagens individuais e egoístas, os interessados deveriam se organizar coletivamente para construção de um ambiente concorrencial saudável.”