“O jogo é para ser desfrutado, aproveitado”

Por: Joga Brasil

Em papo com o Joga Brasil

Referência em jogos de cassino para celular, a LeoVegas é uma empresa sueca que opera desde 2011 no setor de jogos e apostas esportivas.

O objetivo é avançar cada vez mais nessa área voltada para os celulares e também explorar novos mercados, como o brasileiro, ainda em busca de regulamentação.

Para entender as metas e as práticas de funcionamento da LeoVegas, o Joga Brasil conversou com o gerente geral de mercados Brasil e América Latina, Thomas Carvalhaes.

– O brasileiro é um povo fanático, apaixonado por futebol e por várias outras modalidades esportivas também – afirmou Carvalhaes, enfatizando que o mercado brasileiro tem um potencial enorme no setor de jogos e apostas.

Confira o papo na íntegra. 

Joga Brasil: Fale um pouco da origem da empresa, dos objetivos e dos valores de integridade.

Thomas Carvalhaes: A LeoVegas é uma empresa sueca fundada por dois sócios. Eu tive participando de uma reunião esse ano com os fundadores, com os diretores, e eles sempre contam a história de como começou a LeoVegas.

Foi na vontade de revolucionar o mercado, de ter enxergado, principalmente, no mercado de cassinos no celular, uma oportunidade como ninguém estava enxergando antes. Pensaram em como seria se as pessoas pudessem jogar jogos de cassino no celular.

Por isso a LeoVegas tem essa reputação e essa fama de ser uma das pioneiras de cassino de qualidade no telefone celular. Isso está completamente ligado ao objetivo da marca, que é ser “The King of Mobile Casino”. O nosso objetivo é esse.

O simples fato de a LeoVegas ter uma licença emitida pela MGA, que é a Malta Gaming Authority, já fala muito dos nossos valores. Nós somos competitivos, somos, até certo ponto, comercialmente agressivos, mas tudo feito de maneira transparente, seguindo as regras.

A LeoVegas se orgulha muito de ser uma das empresas mais respeitadoras e cumpridoras no mercado de jogos do mundo.

JB: O mercado brasileiro tem grande potencial para empresas de jogos e apostas? Por quê?

TC: Absolutamente, sim. O brasileiro é um povo fanático, apaixonado por futebol e por várias outras modalidades esportivas também. Somos um país com muito sucesso ao longo da história, a nível de competições internacionais. E, além disso, o brasileiro é supersticioso, o brasileiro gosta de tentar a sorte. 

Nem todo brasileiro aposta por técnica. Vai se ver muito dentro do Brasil, dentro da América Latina, no geral, apostas feitas com o coração. Isso também abre ainda mais o potencial para que empresas que operam casas de apostas invistam no Brasil.

JB: Quais são as principais diferenças entre América Latina e Europa com relação a mercados de apostas esportivas e jogos on-line?

TC: Eu colocaria, na minha resposta, América Latina e Ásia quase que equiparadas em termos de oportunidades, com relação a futuro, com relação a potencial, com relação a desafios também. Nós olhamos para a América Latina e pensamos: quais são países com mais potencial? Pensamos no Brasil, no Chile, no Peru, no México e na Argentina. 

Mas cada um desses países vem com seus desafios muito particulares. Seria um equívoco muito grande olhar para a América Latina como um todo. É necessário olhar para cada um desses países como um mercado distinto. Um exemplo que nós temos é o das Filipinas, um mercado gigante para jogos on-line. Existe muita incerteza, muita dificuldade com relação à operação na Ásia.

Com relação à Europa, o desafio principal tem sido a regulação, em alguns países, que não é conveniente ao operador que quer operar de forma legal, cumprindo a lei. 

Acredito que se você olhar a América Latina e comparar com a Europa nesse momento, o principal diferencial é a oportunidade a nível de futuro e um mercado que não está nada saturado, um mercado cheio de potencial. 

A Europa já é um mercado que exige um trabalho mais estratégico, mais inteligente. Tem potencial, claro. Porém, exige uma pouquinho mais de esforço. Não é mais um mercado com tantas oportunidades como o que existe na América Latina e na Ásia.

Divulgação



JB: O que mudou nas apostas esportivas nos últimos anos?

TC: Muita coisa mudou. Nós pensamos em apostas esportivas, pensamos em apostas com quotas fixas, com as probabilidades. Você apostava antes do evento e isso era basicamente tudo.

Hoje quase todos os elementos de um jogo são oportunidades para mercado de apostas. Número de cartões, número de escanteios, escalações. As oportunidades vão surgindo em uma velocidade quase que acompanhando a evolução tecnológica. Além disso, também, algo relativamente novo é a possibilidade de fazer apostas ao vivo. O evento está acontecendo e você está colocando as suas apostas ali naquele evento.

Temos também exemplos de eSports, os esportes eletrônicos, que não se tratam literalmente de eventos esportivos, mas são eventos virtuais que oferecem possibilidades aos apostadores. Com relação a oportunidades, com certeza podemos esperar muitas inovações. Tanto por parte do setor, quanto por parte da tecnologia também.

JB: Quais são as vantagens da LeoVegas em relação às outras empresas do mercado?

TC: Não sei se eu colocaria como vantagem, mas a LeoVegas se orgulha de ser uma empresa que entende o seu papel social.

Uma empresa que respeita o regulamento, as regras do jogo. Eu menciono, outra vez, o fato de que a licença da LeoVegas é emitida pela MGA, que é uma entidade altamente respeitada e séria. Isso, com certeza, é um diferencial para a gente no que diz respeito a cumprir as regras do jogo, a proteger o jogador. Claro que estamos no mercado para sermos comercialmente participativos. Mas não podemos ver o mercado como uma selva, uma terra sem lei. 

A LeoVegas se orgulha muito disso. Creio que o nosso diferencial é esse. Os nossos jogadores e os nossos afiliados podem contar com uma relação respeitosa, uma relação onde todos ganham.

JB: Como você vê o mercado latino-americano? Existe alguma ideia da LeoVegas para explorar o mercado da América Latina? E como a marca pretende entrar no mercado brasileiro?

TC: O mercado da América Latina está crescendo. Vemos a cada dia mais empresas interessadas no mercado latino-americano. O Brasil tem sido foco de atenção há pelo menos cinco anos. Porém, infelizmente, não conseguiu caminhar no que diz respeito à regulação até então. 

Mas o momento é bem favorável. Esperamos que os nossos governantes e os nossos parlamentares consigam entrar em um consenso e consigam entender melhor o funcionamento do setor de jogos on-line, apostas esportivas, e assim consigam promover um cenário favorável para todos. 

A marca pretende entrar no Brasil de forma respeitosa, entendendo aspectos culturais do brasileiro, respeitando diretrizes que consequentemente virão por parte da agência reguladora. Basicamente isso.Temos contemplado oportunidades na América Latina também, tanto no Peru, quanto no Chile. O México também, até certo ponto, nos interessa. Precisamos entender a expectativa de cada uma das agências reguladoras. E, assim, adaptar a nossa estratégia de mercado para cada país. 

JB: É importante a marca de apostas esportivas ter conexões com grandes nomes do esporte?

TC: Eu diria que sim. É importante em uma perspectiva de presença de mercado. Nós podemos ver as propagandas de todas as marcas que têm um certo impacto na área esportiva e quase todas estão vinculadas a um nome, de grande ou pequena exposição no cenário esportivo.

Isso passa muita confiança ao público-alvo Brasil, que não apenas respeita os seus atletas como também vê os seus atletas como exemplos, modelos a serem seguidos. Toda uma estratégia de marketing pode ser criada em volta disso também, uma vez que um embaixador de marca seja estabelecido. É algo bem interessante. 

JB: Nos diga um pouco mais sobre a tecnologia da LeoVegas e como isso ajuda o cliente?

TC: O objetivo da LeoVegas é ser o “rei do cassino no celular”. Por essa razão, os nossos jogos e os nossos produtos são feitos com o objetivo de funcionar tanto na tela do computador, quanto na do celular. 

Os softwares que nós utilizamos são meticulosamente selecionados para que a experiência do jogador não seja comprometida de forma alguma, independente de onde ele escolher jogar.Nós garantimos que, seja no celular, ou no computador, a experiência de jogo vai ser a melhor possível. Gráficos e sons da melhor qualidade.

Os celulares são o foco da LeoVegas (Getty Images)

JB: Como convencer o público mais conservador do Brasil que os jogos e as apostas esportivas podem ser uma simples atividade de lazer?

TC: Para ser sincero, acredito que essa tarefa está feita. O que tem que acontecer aí, uma vez regulamentado o jogo no Brasil, é uma atividade de educação, de conscientização, com relação ao fato de que o jogo não é algo imoral.

O brasileiro ama futebol, o brasileiro ama se divertir. A questão não é exatamente mostrar para o brasileiro que apostar é algo que vai trazer diversão, lazer. A questão é gerar uma ação educativa que mostre que jogos, apostas esportivas e jogos on-line têm que ser abordados como qualquer outra atividade de lazer que o brasileiro pode fazer. Isso vem mais com uma mudança de paradigmas que, infelizmente, devido a vários fatores, tanto políticos, quanto religiosos, quanto culturais, comportamentais, afetam a perspectiva do brasileiro.

O jogo existe e o jogo é para ser desfrutado, aproveitado. Não é para ser explorado, visto como uma oportunidade de investimento, mas como uma oportunidade para você descansar, desconectar do seu dia a dia. Assim como você vai em um show, como você vai no cinema, como você vai em um jogo de futebol.  

JB: Várias empresas de apostas esportivas patrocinam clubes de futebol. Isso pode afetar a credibilidade do esporte de alguma forma?

TC: Essa é uma pergunta interessante. O mercado brasileiro de jogos não está regulamentado ainda. Eu daria essa resposta em duas linhas de pensamento.

Primeiro, uma vez que o mercado brasileiro esteja regulamentado, eu acho que a credibilidade aumentaria caso as casas de apostas esportivas investissem em patrocínios de clubes de futebol. Porém, no momento, o setor não está regulamentado. Existem oportunidades, mas não é algo que eu faria, ou aconselharia a fazer. 

Simplesmente, devido ao fato de que a atividade de apostas esportivas foi descriminalizada, mas ainda não foi regulamentada. Até que isso aconteça, até que as regras do jogo sejam definidas para casas de apostas e apostadores, eu não recomendaria atividades deste tipo. Acredito que isso possa ter um impacto na credibilidade da casa de apostas e do time de futebol envolvido.

Arte: Julia Milreu