Como 19 dos 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro têm algum tipo de parceria com um site de aposta, os dirigentes se mostram preocupados com o possível veto do Governo Federal às empresas que não sejam licenciadas para atuar no Brasil. Por isso, representantes de clubes de São Paulo, do Rio de Janeiro e da Bahia se reuniram na última segunda-feira com pessoas ligadas ao Ministério da Fazenda para apresentar suas demandas sobre a regulamentação das apostas esportivas.
Atualmente, segundo levantamento da Máquina do Esporte, 95% dos times da Série A, 100% dos clubes da Série B e 65% das equipes da Série C contam com patrocínio de alguma casa de apostas.
“Há uma preocupação grande relacionada aos impactos que a regulamentação das apostas teriam nos contratos de patrocínio. Alguns clubes hoje têm acordos longos. O governo falou em ter um período de transição, mas ainda á uma preocupação de como irá funcionar esse período”, explica Danielle Maiolini, especialista em direito desportivo e betting, do escritório CSMV Advogados, em entrevista à Máquina do Esporte. Ele esteve no encontro representando o Palmeiras.
O período de transição valeria, a princípio, por 180 dias. Ou seja, a regra não iria interferir nos contratos até o final do ano. O prazo mais alongado agradou os clubes. A maioria dos acordos assinados com os clubes vale até o fim do ano. Porém, há exceções: a EstrelaBet, por exemplo, assinou com o Internacional até março de 2026, enquanto a Betano tem acordo com o Fluminense até o final de 2025.