Microsoft compra Activision por US$ 75 bilhões

Por: Joga Brasil

A compra da distribuidora de games sinaliza um movimento da Microsoft na direção do metaverso.

No fim do mês passado, a Microsoft adquiriu a Activision pelo valor de US$ 75 bilhões. A compra da distribuidora de games pela gigante de software de Seattle pode significar mais um passo no mundo do metaverso. Após a Meta de Mark Zuckerberg, foi a vez da Microsoft, comandada pelo indiano Satya Nadella se movimentar neste sentido. 

Em entrevista divulgada pelo jornal Financial Times, o CEO da Microsoft disse que a aquisição da Activision é “central” para o futuro das interações online. Para ele, a compra também representa uma democratização no desenvolvimento de jogos, que hoje só seria feito no contexto do entretenimento. 

No metaverso, segundo Nadella, os usuários podem literalmente estar no jogo virtual ou em uma sala de reunião, por exemplo. O jornal também informa, contudo, que além do metaverso, há um outra disputa por trás desta compra. Atualmente, o principal jogo da Activision é o Call of Duty, um produto da PlayStation, que pertence à Sony.

Microsoft e Sony, portanto, disputam um mercado de jogos de console e o chefe de jogos da empresa fundada por Bill Gates, Phil Spencer, já deu sinais de que não tirará o Call of Duty da Playstation. Para Nadella, a aquisição da Activision representa um pequeno impacto no mercado para ser considerada uma ação anticompetitiva pelos reguladores.

O CEO da Microsoft informou que a participação no mercado de videogames seria pequena em uma indústria muito fragmentada. De acordo com o Financial Times, Nadella reconheceu que os reguladores da concorrência devem se concentrar no impacto do acordo no desenvolvimento futuro do metaverso, e não apenas no mercado de jogos atual. 

Segundo ele, a proposta da Microsoft é ter uma plataforma aberta que permita às pessoas uma livre circulação entre os universos virtuais das diferentes empresas que venham a operar o metaverso.  Ainda segundo o Financial Times, Nadella salientou que a necessidade de novos padrões permitiriam que as pessoas levassem sua identidade digital de um metaverso para outro, juntamente com itens digitais pessoais, o que dificultaria o monopólio.