Loterj ganha decisão judicial que impacta casas de apostas do Rio de Janeiro

Por: Joga Brasil

loterj

Segundo a autarquia, 115 plataformas operam de maneira irregular no estado


Na noite da última sexta-feira (28), a Loterj, autarquia responsável pelas loterias no estado do Rio de Janeiro, conquistou uma importante vitória judicial.

O desembargador Pablo Zuniga Dourado, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, determinou que a Anatel deve verificar a legitimidade das casas de apostas para operar dentro dos limites do estado.

Portanto, se as casas de apostas estiverem em desacordo com a legislação estadual, suas atividades deverão ser suspensas pelo órgão. No entanto, ainda cabe recurso à decisão.

Licença vai custar cerca de R$ 5 milhões
Loterj

Contexto da disputa da Loterj

A decisão judicial também rejeitou o pedido da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) para participar do processo como amicus curiae, um papel reservado para entidades que, mesmo não sendo partes do processo, fornecem informações ao julgador.

No ano passado, a Loterj lançou um edital para credenciamento de empresas de apostas, gerando controvérsias com outros estados e com o governo federal. Esse edital permitia que as empresas atuassem mediante pagamento de uma outorga de R$ 5 milhões, valor bem inferior aos R$ 30 milhões exigidos pelo Ministério da Fazenda.

Loteria do Estado do Rio de Janeiro

Além disso, as empresas poderiam declarar que estão no Rio de Janeiro, mas atuar em todo o Brasil sem cumprir critérios de regionalidade. A Loterj argumenta que suas ações estão respaldadas por decisões do STF.

A decisão de Zuniga contraria uma sentença anterior da Justiça Federal de Brasília, que havia negado o pedido da Loterj para bloquear ou suspender 115 plataformas de apostas no Rio de Janeiro. Na ocasião, o juiz de primeira instância entendeu que a Loterj não tinha autoridade para fazer tal solicitação e observou que a lei das quotas fixas ainda necessitava de regulamentação.

Reações à decisão

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região, no entanto, utilizou a mesma lei que prevê o “bloqueio de sites da internet que infrinjam as normas brasileiras em vigor” para reverter a decisão de primeira instância.

Em comunicado, a ANJL, que representa 17 empresas de apostas, expressou sua posição: “Todos os operadores devem ser notificados no agravo de instrumento pela Loterj antes de qualquer ordem de retirada dos sites do ar, garantindo assim o direito à ampla defesa e ao contraditório.”

A ANJL também ressaltou que a Anatel deve respeitar o artigo 9º da lei 14.790/23 e o artigo 24 da Portaria 827/24. Ambos concedem prazo até 31 de dezembro de 2024 para que todas as empresas obtenham suas licenças sem qualquer penalidade no Brasil.


Leia Mais:

Betsson Sport é a nova patrocinadora da Inter de Milão (jogabrasil.com)

Casos suspeitos de manipulação de resultados no futebol brasileiro caíram 67% em 2024 (jogabrasil.com)

O Que é Punter Nas Apostas Esportivas? O Geral Joga explica!

Deixe um comentário