TJ-SP suspende lei que proibia corrida de cavalos no Jockey Club

Por: Joga Brasil

cavalos

Uma lei municipal proibiu o uso de animais em esportes, o que resultaria no fim do turfe no clube paulista


Na última quarta-feira (28), o TJ-SP atendeu a uma solicitação do Ministério Público e, em decisão liminar, suspendeu a lei que proibia o uso de animais em esportes, incluindo as apostas em corridas de cavalos na capital paulista. Essa decisão impactava diretamente o Jockey Club de São Paulo.

Lei municipal proibiu corrida de cavalos

O procurador-geral Paulo Sérgio de Oliveira e Costa argumenta que a proibição inviabiliza as corridas de cavalos, uma modalidade que envolve apostas e é autorizada pelo governo federal.

Ele também afirmou que a proibição fere o princípio da separação de poderes entre estados e governo federal, pois apenas a União pode legislar sobre consórcios e sorteios.

Em julho, o juiz Damião Cogan já havia emitido um despacho impedindo qualquer sanção ao Jockey Club, permitindo que o clube continuasse suas atividades até o julgamento do mérito da ação, que ainda está pendente.

Corridas de cavalo podem voltar a ser praticadas

Na época, Cogan considerou que a decisão poderia ter consequências imprevisíveis para o clube. Ele também destacou o argumento do advogado José Mauro Marques, defensor do Jockey Club, de que a legislação que rege a atividade é federal e não pode ser proibida por uma lei municipal.

A lei municipal 18.147, de 28 de junho de 2024, dá um prazo de 180 dias para que empresas encerrem atividades com animais que envolvam apostas. O texto, de autoria do vereador Xexéu Trípoli (União Brasil), foi aprovado pela Câmara em 26 de junho e sancionado pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), dois dias depois.

Jockey Club teria que devolver terrenos ao município

A aprovação do projeto representa mais um episódio na disputa fundiária. Há dez anos, a administração municipal tenta cobrar valores significativos de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e ISS (Imposto sobre Serviços), mas o clube contesta os valores cobrados.

Corrida de Cavalos

Em 2014, um acordo garantiu ao município a Chácara Jockey, outro terreno do clube Butantã, como pagamento de dívidas antigas. Além disso, parte do terreno está sob concessão para uma finalidade específica.

Assim, o fim das corridas de cavalos obrigaria o Jockey Club a devolver essa área ao município caso a atividade fosse encerrada.


Leia Mais:

Betano fecha parceria de patrocínio global com Europa League e Conference League (jogabrasil.com)

30 dicas de apostas esportivas para iniciantes (geraljoga.com)

Levantamento aponta que 2,7% renda familiar brasileira é destinada às apostas esportivas (geraljoga.com)


Deixe um comentário