Após aprovação na Câmara dos Deputados, a Agência de notícias do Senado informou nesta última quinta-feira (3) que o projeto (PL442/1991) que legaliza os jogos de azar, como cassinos e bingos, no Brasil segue para análise da casa.
Em fevereiro, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) manifestou preocupação sobre a liberação dos jogos de apostas. Segundo o senador, o projeto interessa apenas a lobistas. Para Girão, aprovar o projeto é uma inversão de prioridades, pois os jogos de azar podem trazer mais problemas para o país.
O relator da proposta na Câmara dos Deputados, Felipe Carreras (PSB-PE) argumenta que a proposta trará empregos e oportunidades. Em um discurso, o deputado também disse que “o que destrói as famílias é a fome e o desemprego. Os jogos de aposta podem trazer oportunidade, gerar renda, dar dignidade a quem precisa trabalhar.”
Ele também comentou a relarização de trabalhadores que hoje atuam na clandestinidade, como no jogo do bicho. “Quem está atrás de uma banca de bicho é um trabalhador. Será que Deus não quer que essa pessoa tem a dignidade de ter a sua carteira de trabalho assinada?”, perguntou.
O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) recorreu ao engajamento para evitar “este grande malefício para a nossa nação, que já tem problemas demais e não precisa de jogo de azar para completar os nossos tormentos”.
As informações são da Rádio Senado, que também reproduziu o repudio de setores evangélicos e espíritas ao projeto. Palestrante espírita, Nazareno Feitosa, alertou para o riscos dos jogos causarem dependência. “Há pesquisas demonstrando que quando a pessoa começa a utilizar os jogos de azar desenvolve uma dependência tão forte quanto à equivalente a da cocaína.” O palestrante, que diz fazer parte da Polícia Federal, não informou contudo quais pesquisas utilizou para seu argumento.
O presidente Jair Bolsonaro (PL), por sua vez, já anunciou que caso o projeto seja aprovado pelo Senado, irá vetá-lo.
Fonte: Agência Senado