CBF revela critérios da escolha de árbitros à CPI da Manipulação de Jogos

Por: Joga Brasil

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Wilson Seneme, responsável pela arbitragem, apoiou a realização de audiências públicas como forma de garantir transparência


Os representantes legais da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apresentaram à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado, que investiga a manipulação em jogos e apostas esportivas, um relatório explicativo sobre os métodos utilizados para selecionar os juízes que atuam nos jogos do Campeonato Brasileiro.

Critérios de escalação da CBF e debate sobre sorteio de árbitros

De acordo com o documento da última sessão da comissão de arbitragem da CBF, a seleção dos árbitros considera “os estágios do torneio, a relevância e complexidade de cada jogo e as habilidades, condição física e performance técnica dos árbitros”.

Também é vedada a nomeação de árbitros para partidas que envolvam times do mesmo estado contra equipes de outras localidades. Igualmente, é proibido que arbitrem jogos consecutivos do mesmo clube.

A Comissão Parlamentar de Inquérito sobre Fraudes em Partidas esportivas está dividida sobre a ideia de usar sorteios para determinar os árbitros. Senadores como Carlos Portinho (PL-RJ) e Chico Rodrigues (PSB-RR) são favoráveis à realização de um sorteio que respeite os critérios técnicos da federação esportiva.

Contudo, argumentam que o procedimento deve assegurar um veredito final neutro e baseado em fatos. Em contrapartida, o líder da Comissão, Jorge Kajuru (PSB-GO), opõe-se fortemente a essa ideia.

“Sorteio só funciona se for realizado uma hora antes do jogo, sem divulgar previamente quais árbitros estarão disponíveis. Qual o propósito do sorteio se os nomes dos árbitros que vão participar são anunciados na sexta-feira (antes dos jogos)?”, questionou Kajuru.

Dados sobre escalações repetidas

O relatório apresentado pela CBF à Comissão Parlamentar de Inquérito revelou que Raphael Claus serviu como árbitro principal e Daiane Muniz como árbitra de vídeo em 11 jogos da Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro de 2023.

Outras combinações de arbitragem que se repetiram incluem Braulio Machado e Rodrigo Dalonso, que trabalharam juntos em sete partidas. Adicionalmente, Anderson Daronco e Wagner Reway formaram dupla em seis rodadas, assim como Flavio Souza e Rodrigo Guarizo.

Transparência na escolha de árbitros para evitar manipulação de jogos

Em seu testemunho na CPI, Wilson Seneme, responsável pela arbitragem na CBF, argumentou que as audiências públicas para anunciar os árbitros dos jogos são um ato de transparência.

Porém, ele esclareceu que esses encontros públicos somente tornam públicos os nomes dos árbitros selecionados, sem detalhar os critérios específicos para a escolha de cada um ou outros candidatos considerados.

Seneme à CPI disse: “Acredito que o sorteio complica todo o processo que descrevi. É como se um técnico tivesse que sortear os jogadores para formar seu time”.

Ele concluiu dizendo: “Embora possa ser uma opção sob uma nova legislação, não vejo como uma exigência nos dias atuais”.


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