A ampla legalização do jogo parece distante no Brasil, mas os cassinos podem estar mais próximos. O Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, defendeu a chegada de resorts integrados ao país (IRs) como forma de subsidiar tarifas durante a live do jornal O Tempo.
O ministro esclareceu que a legalização dos cassinos-resorts integrados (IRs) não é uma política oficial de governo ou do presidente Jair Bolsonaro, é um projeto que está sendo construído no âmbito do Ministério do Turismo para posteriormente ser apresentado ao presidente e que não defende a legalização de jogos de azar, bingo ou caça-níqueis, mas aponta para os resorts. Ele garantiu que este é um projeto com a participação de 3-5% dos cassinos em resorts e seria importante para a economia. A ideia é poder usar os recursos gerados pelos referidos empreendimentos “para subsidiar taxas”.
“Eu não falaria sobre cassinos. Falaria em cassinos integrados a resorts, onde as pessoas podem contratar um pacote turístico para passar suas férias. Isso impedirá que a maioria da população brasileira tenha acesso às máquinas. A alternativa é colocá-los em regiões com um IDH mais baixo, algo que o Ministério da Saúde defende.”
O ministro do Turismo defende os modelos adotados pelo Japão e Singapura, que representa criar o monopólio do jogo no Brasil a favor do modelo ‘cassinos-resorts integrados’ (IRs) e entregá-lo as grandes corporações norte-americanas, em especial ao Grupo Las Vegas Sands do bilionário Sheldon Adelson.
Segundo Marcelo Álvaro Antônio, a discussão sobre a legalização dos cassinos foi paralisada com a pandemia do novo coronavírus, mas que após este período o ministério do Turismo pretende retomar os estudos para apresentar uma nova proposta que seja viável para o presidente da República e discutir o tema com o Congresso Nacional e com as bancadas contrárias a legalização dos cassinos.