Em recente roadshow nos Estados Unidos para apresentar o Plano Municipal de Desestatização Paulistano (PMD), o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) manteve contato com cerca de 60 executivos de empresas e fundos de investimentos do setor de hotelaria, entretenimento e infraestrutura. Bruno fez apresentações ao mercado de investimentos norte-americano nas cidades de Las Vegas, no estado de Nevada, e Los Angeles, Califórnia.
Entre os ativos municipais em processo de concessão e privatização estão o Complexo do Anhembi, o Pacaembu, Terminais de Ônibus, Mercados Municipais e Parques, como o Ibirapuera.
Bruno Covas reuniu-se com Chuck Steedman, COO da AEG (Anschutz Entertainment Group), um dos maiores grupos comerciais internacionais de esporte e entretenimento, que faz a gestão de mais de 100 arenas desportivas pelo mundo e tem como objetivo a expansão dos negócios em novos mercados.
O empresário Sheldon Adelson, do Las Vegas Sands Corporation, dono do cassino The Venetian e de uma fortuna estimada em 43 bilhões de dólares, mostrou interesse pelo projeto de privatização do Anhembi. Ele tem visitado o Brasil com frequência em busca de possíveis locais para investimentos em cassinos integrados a resorts, caso o jogo venha a ser legalizado no país.
Além dos grupos dos Estados Unidos, há ainda empresas europeias, argentinas e uruguaias de olho no país. A legalização dos cassinos, porém, é um assunto cercado de polêmica no Brasil. Muitos grupos criticam a proposta de legalização argumentando que o jogo pode levar à lavagem de dinheiro, à criação de organizações criminosas e ao vício. Do outro lado, o próprio governo já se convenceu de que a legalização dos cassinos vai ajudar no desenvolvimento da economia.
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