O jogo de azar vem sendo praticado e legalizado em vários países. De acordo com levantamento da ONU – Organização das Nações Unidas, entre os 193 países membros da (ONU), 75,52% têm o jogo legalizado.
Podemos usar como exemplo bem próximo do Brasil, nossos vizinhos que têm suas atividades legalizadas, em funcionamento, gerando crescimento para o país. Em países como a Argentina, Peru, Chile, Paraguai e Uruguai a exploração do jogo existe sendo regulamentada pelas leis próprias de cada país.
A Argentina tem o jogo legalizado e a sua regulamentação se dá por conta de cada província, que regulamenta leis e fiscaliza o jogo. O negócio de jogos de azar na Argentina gera cerca de R$19.500 milhões de faturamento anual com agências lotéricas, cassinos, máquinas caça-níqueis, pistas de corrida e salas de bingo, de acordo com um relatório especial de Cristian Pérez e Ricardo Heurtley.
Um levantamento das loterias nacionais e das províncias aponta que circula uma receita de R$ 5.000 milhões por ano. Foram apostados R$ 10.200 milhões em cassinos, entalhes, bingo e pistas de corrida, nas loterias provinciais foram R$ 3.000 milhões, as concessionárias de salas arrecadaram R$ 7.000 milhões. Os argentinos apostaram mais de R$ 9.000 milhões em loterias, apostas e jogos como Quini6 ou Lotus.
A tributação dos jogos no país tem níveis altos, o país arrecada dos operadores 41,5 % de taxa aplicada ao lucro das empresas, mais, 0,75% em cada aposta e ainda, 2% sobre as apostas on-line. Com a legalização dos jogos de azar, o país emprega 150.000 mil. A legalização e a regulamentação do Jogos de Azar na Argentina têm papel importante na geração de emprego e renda do cidadão, trazendo crescimento para o país.
O jogo ilegal também está difundido na Argentina, em especial, na província de Buenos Aires. De acordo com estimativas governamentais o setor ilegal é cinco vezes o tamanho do setor legal. Existem cerca de 90 centros ilegais de apostas esportivas, clubes sociais, casas privadas e cassinos.
Importante ressaltar que na Argentina vivem 44 milhões de pessoas. Ou seja, apenas 20% da população do Brasil. Se considerarmos esse fator, o mercado do jogo no Brasil poderia empregar pelo menos 750 mil pessoas. Além disso, o faturamento total seria de bilhões de reais, já que o real é muito mais valorizado que o peso e há maior potencial turístico no Brasil.
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