Saiba quanto os clubes brasileiros podem perder com regra que restringe patrocínios de casas de apostas

Por: Joga Brasil

Hoje principal ‘galinha dos ovos de ouro’ dos clubes de futebol brasileiros, as empresas de apostas esportivas online, popularmente chamadas de ‘bets’, estão na mira da Comissão de Esportes do Senado Federal. Com aportes significativos nos clubes e sem uma regulamentação ainda bem definida, as marcas lucram muito, não pagam impostos e seus níveis de exposição parece não ter barreiras. Por isso, a emenda do senador Eduardo Girão, incluída no relatório da Comissão de Esporte, provocou uma reação em cadeia dos clubes, que podem perder cerca de R$ 400 milhões em receitas de patrocínios.

Em resumo, ela impõe restrições para patrocínios e publicidade feitas por empresas de apostas, que ficariam impedidas de patrocinar “equipes, atletas individuais, ex-atletas, árbitros, membros de comissões técnicas profissionais e amadores de todas as modalidades esportivas, bem como campeonatos organizados por confederações esportivas olímpicas, reconhecidas e vinculadas ao Comitê Olímpico do Brasil (COB), assim como as federações a elas filiadas de todas as modalidades esportivas”.

“É um recurso que deixará de existir para os clubes e que tem um peso importante nas séries A, B e C do Campeonato Brasileiro. Se essa emenda for mesmo aprovada, o cobertor ficará mais curto para a maioria das equipes”, destacou André Gelfi, presidente do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR).

RECLAMAÇÃO

Na semana passada, mais precisamente na última sexta-feia, dia 10, 39 clubes das três principais divisões do Brasileirão divulgaram um manifesto criticando a emenda. No momento, 19 clubes da Série A recebem algum tipo de recurso direcionado pelas casas de apostas.

A exceção é o Cuiabá, que, ainda assim, assinou a nota ao lado de: América-MG, Athletico-PR, Atlético-MG, Atlético-GO, Avaí, Bahia, Botafogo, Ceará, Chapecoense, Corinthians, Coritiba, CRB, Criciúma, Cruzeiro, CSA, Figueirense, Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Grêmio, Guarani, Internacional, Ituano, Juventude, Novorizontino, Palmeiras, Paysandu, Red Bull Bragantino, Sampaio Corrêa, Santos, São Paulo, Sport, Tombense, Vasco e Vila Nova.

A Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) criticou o movimento. “Hoje as empresas de apostas esportivas são as maiores anunciantes brasileiras. A eventual proibição de anúncios do setor repercutirá muito sobre o mercado publicitário, tirando centenas de milhões de reais desse segmento. O que não é bom para absolutamente ninguém”, afirmou o órgão, via sua assessoria de imprensa.

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