Atividade que tomou conta do cotidionado dos brasileiros em praticamente todos os segmentos, as casas de apostas se multiplicam quase como por mágica. Ainda sem uma regulamentação específica para o setor, o Brasil conta atualmente com cerca de quatro mil empresas atuando livremente, de acordo com um levantamento realizado pela Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL). Esse dado foi apresentado em reunião da subcomissão da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.
Segundo o CEO da ANJL, Wesley Cardia, o baixo investimento necessário para iniciar o negócio é um dos grandes atrativos. “Falamos sempre em três mil sites (de apostas). Não são mais, já são 4 mil sites (de apostas), e a cada dia aumenta. Se nós, no intervalo do cafezinho, quisermos colocar um site, até o fim do dia temos um, porque é fácil de montar. Custa R$ 30 mil para botar em operação e R$ 10 mil por mês pendurado em uma plataforma em Recife. Só esta plataforma tem mais de mil sites (de apostas)”, destacou.
Entre os problemas que os apostadores têm com as empresas que são consideradas pequenas, a dificuldade de realizar os saques é sempre a grande reclamação. “Atualmente, não se tem nenhum tipo de controle sobre essa operação. Quando a pessoa ganha e vai reclamar, vai reclamar para quem? Ninguém sabe quem é o dono. Sites não licenciados têm que ter o seu domínio cassado. Qualquer um que não faça parte da lista daquela lista de 30, 40, 50, alguns falam em 100, tem que cair fora”, acrescentou Cardia.