O presidente do clube foi notificado com um documento solicitando esclarecimentos a respeito da participação de uma empresa de fachada no contrato
A Polícia Civil enviou um comunicado oficial ao presidente do Corinthians, Augusto Melo, solicitando esclarecimentos sobre o acordo de patrocínio com a VaideBet, estimado em R$ 360 milhões e com duração de três anos.
O inquérito da Polícia Civil não se limita ao clube, mas também inclui Alex Cassundé, da Rede Social Media Design, e Edna Oliveira dos Santos, de Peruíbe, São Paulo, ambos relacionados à investigação.
O caso veio à tona através do “Blog do Juca Kfouri”, levantando dúvidas sobre a atuação da Rede Social Media Design, que intermediou o acordo de patrocínio.
Há suspeitas de que a Rede Social Media Design tenha desviado uma parte da comissão recebida para a Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda, uma empresa inexistente.
Segundo as investigações, essa empresa fantasma estaria registrada em nome de Edna Oliveira dos Santos, que afirma desconhecer e não ter envolvimento com os negócios da empresa.
Até agora, o Corinthians já efetuou o pagamento de duas parcelas de R$ 700 mil cada ao intermediário especificado no contrato de patrocínio.
Notificação da Polícia no caso VaideBet e Corinthians
A notícia sobre uma notificação da Polícia Civil dirigida ao Corinthians foi inicialmente reportada pelo portal “UOL”. Até o presente momento, o clube não emitiu nenhum pronunciamento.
Em uma nota oficial divulgada no mês passado, o Corinthians enfatizou sua ausência de responsabilidade por possíveis transferências de dinheiro para terceiros. Afirmou também que, se forem fornecidas evidências de atos ilícitos, tais questões serão levadas ao Conselho Deliberativo para as devidas ações.
Por outro lado, a empresa VaideBet comunicou à mídia no fim de maio que um agente intermediário a procurou para discutir um potencial patrocínio principal com o Corinthians, levando-a até a diretoria do clube para começar as negociações. A empresa declarou que não teve contato com nenhuma outra companhia sobre essa negociação.
É crucial mencionar que o Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) e a terceira delegacia, que se especializa em casos de lavagem de dinheiro, estão gerenciando e conduzindo a investigação.
No momento, a investigação está na fase preliminar, focada na coleta de documentos e depoimentos. Espera-se que esta etapa inicial continue por mais duas semanas, antes da potencial abertura de um inquérito formal para intensificar as investigações.
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