Um levantamento realizado recentemente pelo Datahub, empresa especializada em inteligência de dados, o segmento de apostas esportivas, apenas no primeiro semestre de 2023, cresceu de maneira exponencial no Brasil, registrando um aumento de 360% entre os anos de 2020 e 2022. Em apenas dois anos, o número de marcas no país passou de 51 para 239.
A Série A do Campeonato Brasileiro conta com 95% dos clubes patrocinados por casas de apostas: América-MG, Athletico, Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Corinthians, Coritiba, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Red Bull Bragantino, Santos, São Paulo e Vasco possuem o apoio do segmento.
Entre os clubes presentes na elite do futebol nacional, apenas o Cuiabá não conta com tal apoio. Porém, o clube do Centro-Oeste brasileiro já demonstrou o desejo de entrar em acordos comerciais com companhias do ramo.
“Compreendemos que o segmento de apostas esportivas é uma fatia importante do cenário esportivo e por isso deve cooperar para o progresso do futebol nacional sob os melhores princípios. Além de sermos patrocinadores da principal competição nacional, o Brasileirão, também defendemos clubes e várias torcidas espalhadas pelo país, fomentando valores essenciais à promoção do esporte com responsabilidade e integridade”, destacou Marcos Sabiá, CEO do Galera.bet.
Tal movimento de crescimento tem como principal causa a regulamentação das apostas esportivas no Brasil. A Câmara dos Deputados já aprovou o Projeto de Lei 3626/23 que trata sobre o tema. Agora, o texto chega ao Senado Federal para análise. Com validade de até três anos, a outorga concedida pelo Ministério da Fazenda terá pagamento máximo de R$ 30 milhões para as casas de apostas.
Com ampla evolução após a Lei 13.756 de dezembro de 2018, as companhias de apostas esportivas têm oferecido diversas atrações nas plataformas para captar cada vez mais clientes. Entre as opções apresentadas pelas empresas estão: saque rápido, múltiplas, simples, dupla chance, apostas a partir de R$ 1, número de gols, ações dos atletas, escanteios e qual equipe deverá abrir o marcador.
O levantamento da Datahub levou em consideração a abertura e o fechamento de empresas enquadradas na categoria 9200-3/99 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) e compreende “as atividades de sorteio via televisão, telefone, revistas, etc.; as atividades de operação de máquinas de jogos e de apostas operadas por moedas; a operação de jogos de azar e apostas na internet; e a exploração de outros jogos de azar e apostas não especificados anteriormente”.
“Essa atividade apresenta a maior similaridade e concentração de empresas de apostas conhecidas e visíveis no mercado, servindo como um indicativo relevante”, explicou a Datahub, por intermédio de um comunicado divulgado pela sua assessoria de imprensa.
Os dados foram coletados a partir da plataforma de inteligência e estudos de mercado da Datahub, que conta com mais de 600 fontes de dados, mais de 56 mil CNPJs e mais de 400 variáveis. “A perspectiva é que o mercado de apostas on-line continue a crescer no Brasil nos próximos anos, impulsionado por fatores como a popularidade do esporte no país e o aumento da penetração da internet e dos smartphones”, explicou André Leão, diretor de produtos da Datahub, em contato com o site Máquina do Esporte.