O atual escândalo descoberto no futebol brasileiro com vários jogadores envolvidos em um esquema de manipulação de partidas de futebol, tudo escancarado pela ‘Operação Penalidade Máxima’, deixou muita gente desconfiada da participação das casas de apostas que atuam sem regulamentação no país. No entanto, de acordo com os investigadores que participam do caso, as empresas do segmento também são vítimas.
“Em tese, toda aposta direcionada, manipulada, traz prejuízo para a casa de apostas. Tanto é que eles têm um esquema de identificação de apostas fora do padrão. Eles cancelam determinadas apostas. Já aconteceu. Vamos enxugar gelo a vida inteira porque a corrupção sempre existiu na humanidade. Cabe a nós reprimir essa conduta”, disse o promotor Rodney da Silva, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Por uma questão tributária e de falta de regulamentação, as casas de apostas não têm base no território brasileiro. São empresas alocadas geralmente em paraísos fiscais como Malta e Curaçao. Um grupo de nove casas de apostas formou o Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR). Além da Bet365, citada na denúncia do MPGO, o bloco tem Flutter, Entain, Betsson Group, Betway Group, Yolo Group, Netbet Group, KTO Group e Rei do Pitaco.