O canal esportivo ESPN está buscando soluções para alavancar seu número de assinaturas que vem diminuindo nos últimos anos. Uma das opções para alcançar este objetivo poderá ser a implementação de apostas esportivas.
Bob Chapek, CEO e presidente da Disney, que detém o canal esportivo, sinalizou no ano passado que não vê as apostas esportivas se chocando com a imagem da marca-mãe. Segundo ele, há “um isolamento muito significativo” na forma como os clientes vêem a ESPN e a Disney. Há preocupações na Disney de que promover apostas esportivas pode afetar a imagem da empresa, que é muito ligada ao público infantil e infantojuvenil.
De acordo com o site esportivo Front Office Sports, a ESPN tem sido uma grande fonte de receita para a Disney por causa dos valores altos que cobra dos canais de TV a cabo – cerca de US$ 10 mensais por assinante. Estas receitas, entretanto, estão diminuindo à medida que as pessoas têm substituído a TV a cabo por serviços de streaming.
Para se ter uma ideia dos números, o Front Office Sports informa que em 2011 a ESPN tinha cerca de 100 milhões de assinantes na televisão a cabo. No passado, este número havia encolhido para 77 milhões.
O ESPN+, serviço de streaming da empresa de mídia esportiva, tem visto um crescimento. Teve um aumento de 24,6% em relação ao trimestre anterior e 76% em relação ao ano anterior, alcançando 21,3 milhões de assinantes no trimestre fiscal encerrado em 1º de janeiro. O valor arrecadado por cada assinante pagante do serviço foi de US$ 5,16.
Ainda assim, A ESPN+ está no vermelho, segundo o Front Office Sports. A divisão de streaming da Disney teve uma perda operacional de US$ 593 milhões no trimestre.
Neste cenário que a empresa enxerga nas apostas esportivas uma maneira de incrementar seus números. Embora haja rumores de que ESPN buscou licenciar seu nome para uma casa de apostas por cerca de US$ 3 bilhões, Bob Chapek vê razões adicionais para se mudar para as apostas esportivas.
Ele descreveu o estímulo em relação ao jogo como “impulsionado pelo consumidor, particularmente o consumidor mais jovem, que reabastecerá os fãs de esportes ao longo do tempo e seu desejo de ter o jogo como parte de sua experiência esportiva”.