O apoiador Lucas Paquetá pode ter sérias complicações no futebol por causa do seu recente envolvimento em um esquema de apostas esportivas. Jogador do West Ham, da Inglaterra, o brasileiro está sendo investigado pela Federação Inglesa, que, como punição máxima, pode até resultar no seu banimento do futebol. Um cartão amarelo supostamente forçado em partida da última temporada tirou do atleta do West Ham uma convocação para os jogos de eliminatórias da seleção brasileira e causou o fim das negociações para se transferir para o Manchester City, em negócio que dobraria o seu salário e renderia cerca de 80 milhões de libras (R$ 508 milhões, na conversão de valores) aos cofres do clube londrino.
Na Inglaterra, não há um dispositivo nas regras que determine que um jogador investigado deva ser afastado. No Brasil, os atletas investigados pela Operação Penalidade Máxima do MPGO (Ministério Público de Goiás) foram afastados pelo STJD (Supremo Tribunal de Justiça Desportiva), mesmo sem que a investigação na Justiça comum tenha sido finalizada.
No dia 12 de março, foi detectado um número incomum de apostas na região da Ilha de Paquetá — onde Lucas nasceu —, no Rio de Janeiro, para que o jogador recebesse um cartão amarelo durante a partida entre West Ham e Aston Villa, que terminou empatada em 1 a 1. Aos 25 minutos do segundo tempo, o brasileiro parou uma jogada adversária no centro do campo com um forte carrinho por trás. Pela falta, foi advertido com o cartão amarelo. O brasileiro cometeu quatro infrações naquela mesma partida, o seu recorde no Campeonato Inglês, o que chamou ainda mais a atenção.
A casa de apostas BetWay, a principal patrocinadora do West Ham, notou um crescimento anormal de criação de contas no dia da partida na região da ilha de Paquetá. Segundo informações do Daily Mail, o fato de muitos donos de novas contas apostarem o valor máximo na advertência do jogador brasileiro ligou o alerta na casa de apostas, que passou a investigar o caso e a repassar as informações à FA.