Ana Gatti, especialista em iGaming, afirma que o Brasil pode ter um futuro econômico promissor no mercado de jogos
A advogada Ana Gatti, especializada em direito dos jogos e diretora administrativa do Instituto Brasileiro da Diversidade (IBD), além de ex-diretora de operações da Abrabincs (Associação Brasileira de Bingos, Cassinos e Similares), publicou um artigo na Folha de São Paulo, onde analisa a recente regulamentação do setor de iGaming no Brasil. Gatti destaca as oportunidades econômicas e sociais criadas pela Lei 14.790/23 para as apostas online.
Passos firmes para o futuro do mercado de apostas onlinE
O mercado de iGaming no Brasil, que envolve os jogos online, veio para ficar. A promulgação da Lei 14.790/23, no final de 2023, foi um marco importante para a regulamentação do setor de apostas online no país.
Em 2024, essa legislação está sendo complementada por uma série de portarias que estabelecem diretrizes detalhadas para o desenvolvimento do setor. As novas regras abordam questões como prevenção à lavagem de dinheiro, manipulação de resultados e proteção dos jogadores.
Essas medidas reforçam a importância do jogo responsável, criando um ambiente mais seguro e transparente. Com isso, o Brasil caminha para se tornar parte de um mercado bilionário com alto potencial de crescimento.
A regulamentação do setor de iGaming representa não apenas um avanço legislativo, mas também uma grande oportunidade para impulsionar a economia brasileira. Segundo Ana Gatti, seu impacto vai além de cassinos e loterias, englobando uma indústria capaz de gerar empregos, inovação e benefícios para diversos setores.
O Brasil tem o potencial de se tornar um hub de tecnologia em jogos online, atraindo investimentos e estimulando a inovação. O mercado de iGaming pode gerar milhares de empregos, beneficiando a economia e toda a cadeia produtiva. No entanto, a regulamentação é fundamental para esse crescimento econômico e social.
Como a regulação impedirá o uso irresponsável das plataformas
A regulamentação traz benefícios não só econômicos, mas também foca na proteção dos consumidores. Ferramentas de prevenção ao jogo compulsivo e alertas ajudam a criar um ambiente mais seguro. A fiscalização e os programas de apoio e tratamento também são avanços significativos da nova lei.
Essas medidas visam proteger os consumidores e prevenir vícios, e uma legislação clara sobre publicidade combate manipulações e atividades ilegais. Embora o Brasil tenha sido tardio na regulamentação, esse atraso oferece a chance de aprender com os erros de outros países, como o Reino Unido, cujas leis estão em constante evolução.
O Brasil pode se inspirar em legislações rigorosas de países como Itália e Espanha, que já regulamentaram tanto as apostas online quanto as presenciais. Uma abordagem abrangente ajudaria a evitar falhas e permitiria a criação de um modelo regulatório eficiente, seguro e sustentável para o país.
A advogada encerra seu texto com uma visão otimista sobre o futuro das apostas online no Brasil: “Com uma abordagem justa e moderna, encontramos uma excelente oportunidade para não depender apenas da sorte para construir o país. O Brasil tem todas as condições para se tornar líder no mercado global de jogos online”, conclui Ana Gatti.
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